15/03/2017

7 dicas para seu filho comer bem


Vivemos novos tempos na alimentação infantil. Esse estilo de vida moderno nos levou à necessidade de refeições práticas e rápidas que, associadas às facilidades tecnológicas, provocaram alterações nos hábitos de vida e no comportamento alimentar de todos.

Essa alteração nos costumes alimentares provocou mudanças no estado nutricional das crianças, melhorando os índices de desnutrição, mas deixou-as mais suscetíveis à obesidade, diabetes e hipertensão arterial, entre outras doenças da modernidade.

Algumas medidas preventivas podem ser adotadas desde a infância, com o propósito de evitar o desenvolvimento destas doenças. Entre elas, destacamos:
  • estímulo ao aleitamento materno como fonte de alimento exclusivo nos primeiros seis meses de vida;
  • combate ao sedentarismo e estímulo à prática de atividades físicas, preferencialmente ao ar livre;
  • controle do ganho excessivo de peso, para evitar o sobrepeso e a obesidade;
  •  e alimentação baseada nas “leis da boa nutrição”: qualidade, quantidade, harmonia e adequação.

 DICAS IMPORTANTES PARA UMA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL


• Horário para refeições: criar o hábito do café da manhã, almoço e jantar em família certamente irá melhorar o relacionamento familiar, além de propiciar um modelo de comportamento para os filhos. Ninguém vai obrigar o filho a tomar suco de laranja e ao mesmo tempo servir-se de um refrigerante.

• Contexto familiar, atitudes e estratégia dos pais: as crianças aprendem a respeito do alimento não somente por suas experiências, mas também observando os outros. A família fornece amplo campo de aprendizagem, no qual a alimentação se torna um dos principais focos de interação entre pais e filhos. Os pais e familiares devem cuidar para não criar um ambiente propício à alimentação excessiva ou um estilo de vida sedentário. Pais que comem demais, muito rápido ou ignoram os sinais de saciedade oferecem um pobre exemplo aos seus filhos.

• Coação e Punição. Estudos sugerem que os alimentos com baixa palatabilidade (como os vegetais) são oferecidos normalmente envolvendo coação e punição para a criança comer. Já os alimentos ricos em açúcar, gordura e sal são oferecidos em um contexto positivo (como recompensa ou em festas), aumentando a preferência por estes. Na medida em que as crianças são pressionadas a comer um determinado alimento que os pais acreditam ser bom para elas, diminui a sua preferência por aquele alimento rico em açúcar e gorduras.

• Sensação da fome e saciedade. Come, come, come... até quanto? Quem determina quanto? Meio prato ou um prato? A criança precisa desenvolver os sentidos de fome e saciedade. Por exemplo, quando a criança fala que não quer mais comer porque está satisfeita, e os pais dizem “termine o que está no prato”, fica claro para a criança que a sua sensação de saciedade não é relevante para a quantidade de comida que ela precisa consumir.

• Exposições repetidas aos alimentos de forma divertida e educativa. Não desanime com uma primeira reação negativa ao alimento. Ofereça o mesmo alimento em outra apresentação. Por exemplo: espinafre refogado ou omelete de espinafre ou torta de espinafre ou quiche de espinafre com ricota. Use sua criatividade.

• Mídia, propaganda e amizades. A tendência das preferências alimentares das crianças conduz ao consumo de alimentos com quantidade elevada de carboidrato, açúcar, gordura e sal, seguido de baixo consumo de vegetais e frutas. Essa tendência é originada na socialização alimentar da criança e, em grande parte, depende dos padrões da cultura alimentar do grupo social ao qual ela pertence.

• Autoridade, regras e limites. Nunca substitua uma refeição por mamadeiras ou alimentos fora do contexto, como bolos, biscoitos e chocolates. Esses alimentos, além de não fornecerem todos os nutrientes desejados, irão saciar a fome da criança e prejudicar seu apetite para a próxima refeição. Criança com fome come!

Outras sugestões


• Muita cor e diversão. Ofereça à criança cardápios coloridos e servidos de forma divertida. Você pode criar desenhos ao servir a comida no prato.

• Tolere um pouco de "bagunça" à mesa. Deixe a criança pegar os alimentos com a mão e brincar com eles. Com esse comportamento, ela desenvolve uma atitude de cumplicidade com o alimento. Na fase pré-escolar ela está aprendendo a usar os cinco sentidos e os alimentos são uma boa e saudável fonte de descobertas.

• Brinque, você também, com a comida. Se seu filho já cresceu um pouquinho, leve-o para a cozinha e mostre como cozinhar pode ser divertido. Faça pratos coloridos e monte formas variadas como bolinhos, tortas, enrolados, panquecas e por aí vai. Solte a sua imaginação!

• Receitas para variar o cardápio. Misture alimentos que a criança gosta com outros que ela ainda não conhece. Alguns pratos normalmente fazem a alegria das crianças e ajudam a diversificar as refeições: omeletes servidas com seleta de legumes e arroz; as tradicionais e saborosas tortas de liquidificador, recheadas com carne ou frango e quatro tipos de legumes; panquecas recheadas com carne moída, mandioca cozida e picada, vagem em tiras e tomates em cubos (depois de enroladas, polvilhe queijo ralado e gratine no forno).

• Fazer boas escolhas alimentares é um processo complexo e tem consequências a curto e longo prazo para a saúde. Não é fácil, mas uma educação alimentar bem feita na infância fará de seus filhos adultos mais saudáveis, vivendo com mais qualidade.

Texto: http://www.conversandocomopediatra.com.br

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