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15/07/2019

Alimentação saudável x açúcar, como conseguir o equilíbrio?

QUE TAL UMA MAMADEIRA DE LEITE CONDENSADO PARA SEU BEBÊ?
Você não leu errado, é isso mesmo. Uma mamadeira de leite condensado para um recém nascido é algo muito assustador não é mesmo? Mas acredite, é o que médicos do início do século recomendavam de acordo com as propagandas da época.


“O bom Leite Condensado, que é puro, rico em creme, que não se pode falsificar e substitui com vantagem o leite fresco. Segundo a opinião de summidades médicas, é o único que pode fazer as vezes do leite materno na época difícil de serem desmamadas as crianças.” publicada na revista Vida Doméstica de 28 de julho de 1928. Naquela época o leite condensado era comercializado como o substituto vitaminado, mais durável e supostamente mais higiênico – porque condicionado em latas fechadas – que o leite fresco, que saía das vacas e cabras das pequenas propriedades direto para as garrafas entregues em casa (onde não havia geladeira para que durasse mais do que algumas horas). Ao lado dos industrializados, também o açúcar passava a ser vendido nos anúncios publicitários como um alimento indispensável à saúde, sobretudo das crianças, que, com uma dieta rica dele, teriam mais energia e ficariam mais robustas e coradas. Esse seria, aliás, o tema das propagandas do adocicado ingrediente até praticamente o fim do século 20. Nos livrinhos culinários lançados a partir dos anos 1960, esse discurso, inclusive apoiado por médicos.  Leia detalhes >> aqui <<



O que queremos dizer com isso é que as coisas mudam, o tempo inteiro e que bom por isso.
Novos estudos são realizados. Coisas novas vão aparecendo. Tanto a Organização Mundial da Saúde (OMS) quanto o Ministério da Saúde recomendam não utilizar açúcar no primeiro ano de vida. E em 2016, a Academia Americana de Pediatria alterou a recomendação para que se introduza o açúcar somente após os 2 anos de idade.

Vivemos novos tempos na alimentação infantil. Esse estilo de vida moderno nos levou à necessidade de refeições práticas e rápidas que, associadas às facilidades tecnológicas, provocaram alterações nos hábitos de vida e no comportamento alimentar de todos. Essa alteração nos costumes alimentares provocou mudanças no estado nutricional das crianças, melhorando os índices de desnutrição, mas deixou-as mais suscetíveis à obesidade, diabetes e hipertensão arterial, entre outras doenças da modernidade.

Por isso, o Ministério da Saúde sugere os seguintes passos para uma alimentação saudável:

PASSO 1 – Dar somente leite materno até os seis meses, sem oferecer água, chás ou qualquer outro alimento.
PASSO 2 – A partir dos seis meses, oferecer de forma lenta e gradual outros alimentos, mantendo o leite materno até os dois anos de idade ou mais.
PASSO 3 – A partir dos seis meses, dar alimentos complementares (cereais, tubérculos, carnes, frutas e legumes) três vezes ao dia se a criança receber leite materno e cinco vezes ao dia se estiver desmamada.
PASSO 4 – A alimentação complementar deve ser oferecida sem rigidez de horários, respeitando-se sempre a vontade da criança.
PASSO 5 – A alimentação complementar deve ser espessa desde o início e oferecida de colher; começar com consistência pastosa (papas / purês), e gradativamente aumentar a sua consistência até chegar à alimentação da família.
PASSO 6 – Oferecer à criança diferentes alimentos ao dia. Uma alimentação variada é uma alimentação colorida.
PASSO 7 – Estimular o consumo diário de frutas, verduras e legumes nas refeições.
PASSO 8 – Evitar açúcar, café, enlatados, frituras, refrigerantes, balas, salgadinhos e outras guloseimas nos primeiros anos de vida. Usar sal com moderação.
PASSO 9 – Cuidar da higiene no preparo e manuseio dos alimentos; garantir o seu armazenamento e conservação adequados.
PASSO 10 – Estimular a criança doente e convalescente a se alimentar, oferecendo sua alimentação habitual e seus alimentos preferidos, respeitando a sua aceitação.



O açúcar aumenta os níveis de hormônios como a dopamina e a serotonina, que causam uma momentânea sensação de bem estar, mas com a liberação da insulina, esse estado de excitação passa rapidamente, e a pessoa sente vontade de comer mais açúcar, portanto, o açúcar pode viciar.  Agora imagina nas crianças o efeito disso? Pois é, desde novinhas vão ser viciadas em algo que não precisam!

4 DICAS PARA EVITAR O AÇÚCAR


1 - Não prove a comida do seu bebê.
Ao experimentar a papinha, os pais provavelmente acharão que falta tempero ou que tudo está meio “sem graça”. Mas o bebê não, ele é uma página em branco.

2 - Invista em alimentos naturais
a fase da alimentação complementar é justamente a hora dos pequenos conhecer as frutas, legumes e verduras, com seu sabor natural. Os sentidos da criança estão em desenvolvimento e incrementar comidinhas com sal ou açúcar nesta fase pode comprometer essa evolução na medida em que se oferece excessos de sabor - seja doce ou salgado. Quanto mais alimentos in natura e menos industrializados (e cheios de açúcar e aditivos) a criança ingerir, mais benefícios ela terá.

3 - Açúcar não é amor
Ao fazer um exame médico, o brinde é um pirulito. O vovô sempre oferece uma balinha. Os biscoitos recheados e sucos de caixinha possui o personagem preferido na embalagem, as lembrancinhas de festas são doces. E no final do dia, quando a culpa te preenche por alguma coisa, você leva pra casa um chocolatinho e isso como se fosse a coisa mais normal do mundo, tão normal quanto uma mamadeira de leite condensado. Existem outras maneiras de demonstrar amor para as crianças, ainda que o mundo demonstre o contrário.

4 - Criança não faz compras
Para finalizar, crianças não vão ao mercado. Crianças não possuem autonomia para comprar nada. crianças comem e experimentam o que adultos oferecem. Uma alimentação ruim não é responsabilidade das crianças, e sim dos pais.

Um pouquinho de açúcar hoje não mata, mas sem uma mudança de hábitos, em menos de uma década a obesidade pode atingir 11,3 milhões de crianças no Brasil, de acordo com um alerta divulgado pela Federação Mundial de Obesidade.


Fontes:
https://lembraria.com/2017/02/03/as-fantasticas-mamadeiras-de-leite-condensado-ou-uma-historia-do-brigadeiro/
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-89101990000300011
http://www.redeblh.fiocruz.br/media/guiaaliment.pdf

17/10/2017

Guia completo dos restaurantes com espaço kids no Rio de Janeiro

Sair para jantar, beber com os amigos, ter uma noite agradável com boa comida são coisas simples na vida social do ser humano. Mas isso não é tão simples quando se tem filhos.

Sim, crianças são barulhentas e comer e conversar não está na lista de coisas preferidas delas então sair pra comer não é tão simples quanto se pensa. Eu confesso que pensava umas 10 vezes quando recebia o simples convite: Vamos sair pra comer uma pizza? (carinha de desespero só de imaginar você correndo pela pizzaria atrás da criança ou se revezando com o pai.)

É minha amiga, sua vida social mudou.

Mas fica tranquila!!! Nem tudo está perdido!!! Existem bons restaurantes com área infantil no Rio de Janeiro. Poucos, eu confesso... Mas consegui reunir locais de todo o estado, da Zona Sul à Baixada.  Foram diversas dicas com as amigas, as amigas das amigas e alguns eu pude conferir de perto. Nem todos possuem super brinquedos, mas pra poder comer com 15 minutinhos de paz, qualquer entretenimento infantil já está valendo não é.

Segue abaixo a lista de restaurantes área infantil no Rio de Janeiro. Lembre-se que essa lista não é definitiva, será constantemente atualizada e para isso preciso da ajuda de vocês com indicações e comentários. E pra facilitar ainda mais a sua vida tcharam >>>>> clique aqui e faça download da lista completa pra você ter sempre a mão <<<

Ah, não esqueça de compartilhar esse post, suas amigas mães agradecem hein!!! 

******** POST ATUALIZADO EM 18/10/2017 **********

RESTAURANTES NA BAIXADA


TOCA DA TRAÍRA - Nova Iguaçu
Rua Dr. Mário Guimarães, 623 - Centro (21) 3540-0002

NOSSO LUGAR - Mesquita
Av. Baronesa de Mesquita, 1430 - Vila Emil, Mesquita


PICANHA DO DELEI - Nova Iguaçu
R. João Cândido, 91 - Posse, Nova Iguaçu - RJ, (21) 3101-5638


STADIUM - Nova Iguaçu
R. Cel. Alfredo Soares, 48 - Centro, Nova Iguaçu

 RESTAURANTES EM NITERÓI

7 GRILL - Itaipu
Estrada Francisco da Cruz Nunes, 1904 - Itaipu, Niterói

FAMILIA PALUDO - São Francisco
Av. Quintino Bocaiúva, 247 - São Francisco, Niterói

JAMBEIRO - Ingá
R. Pres. Domiciano, 131 - Ingá, Niterói


MOCELLIN CHURRASCARIA - São Francisco
Av. Quintino Bocaiúva, 151 - São Francisco, Niterói


PALUDO GOURMET - São Francisco
Av. Quintino Bocaiúva, 251 - São Francisco
SP GOURMET - Icaraí
R. Gen. Pereira da Silva, 182 - Icaraí, Niterói


TUTTI AMICI -  Itaipu
Estrada Francisco da Cruz Nunes, 10711 - Itaipu


RESTAURANTES NA ZONA NORTE


BOSQUE DA PRAÇA - Praça Seca
R. Cândido Benício, 2235 - Praça Seca


BOTECO DO SEU ZÉ - Irajá
Shopping Via Brasil


BRASA GOURMET - Tijuca
R. Mariz e Barros, 881

DELICIAS CAFÉ - Tijuca
Rua Haddock Lobo, 232 – Tijuca


ESTRELA DO SUL - Tijuca
Av. Maracanã, 649 - Maracanã,

LA MOLE - Tijuca
Rua Marquês de Valença, 74/78 - Tijuca 3460-0800 

MOCELLIN - Ilha do Governador
Estrada do Galeão, 5285 - Galeão, Rio de Janeiro - RJ, 21941-353 


 

OBA OBA PIZZARIA - Vista Alegre
Av. Brás de Pina, 1749 - Vista Alegre,


QUINTAL DO MÉIER - Méier
Rua Adolfo Bergamini, 340 - Engenho de Dentro



SUSHIRO - Ilha do Governador
Rua Cambaúba, 1099 - Jardim Guanabara




TOCA DA TRAÍRA - Tijuca
Rua Mariz e Barros 1050, Tijuca




RESTAURANTES NA ZONA OESTE

ADEGA BARRIL DA BRASIL - Bangu
Av. Brasil, 32130 - Bangu, Rio de Janeiro



ADEGA DO BARRIL - Recreio
Rua General Orlando Geisel 342
BADALADO - Freguesia
Rua Araguaia, 1380. Freguesia / RJ
 


BAIXO ARAGUAIA - Freguesia
R. Araguaia, 1709 - Freguesia

BALADA MIX - Freguesia
Estr. do Pau-Ferro, 1156 - Freguesia

BIG BATATA - Taquara
Estr. do Rio Grande, 3864 - Taquara



BOM GALETO - Campo Grande
Estrada do Tingui, 1760 - Campo Grande, 


DOM HELIO - Recreio
Av das Americas, 11391 - lj 125

ESTRELA DO SUL - Recreio
Av. Guignard, 50 - Recreio dos Bandeirantes (21) 2437-8008


GEPETTO - Vargem Grande
Estr. dos Bandeirantes, 23417 - Vargem Grande


GRAN PARRILLA - Barra da Tijuca
Av. Lúcio Costa, 8000 - Barra da Tijuca - (21) 2433-1730


ITAHY - Freguesia
Estr. de Jacarepaguá, 7544 - a - Freguesia

LAMPIÃO CHURRASCARIA - Taquara
Estr. dos Bandeirantes, 867 - Taquara


MR OX - Campo Grande
Estr. do Monteiro, 1085 - Campo Grande

OUTBACK DOWNTOWN - Barra da Tijuca
Av. das Américas, 500 - Barra da Tijuca



PAPIZZO - Freguesia
Av. Geremário Dantas, 1.180 - Freguesia


RANCHO DAS MORANGAS - Sulacap
Estr. do Catonho, 1520 - Sulacap


RIO BRASA - Barra da Tijuca
Av. Ayrton Senna nº 2.541 Barra da Tijuca - (21) 2199-9191 



STADIUM STEAK HOUSE - Barra da Tijuca
Av. das Américas, 10700



TOCA DA TRAÍRA - Barra da Tijuca
Av. Lúcio Costa, 8000 - Barra (21) 2433-1081 


TOCA DA TRAÍRA - Freguesia
Estrada dos Três Rios, 445 - Freguesia (21) 3190-4234 


RESTAURANTES NA ZONA SUL

FAGULHA - Flamengo
Rua Conde de Baependi, 62 - Flamengo


GALETO COIMBRA - Botafogo
R. Dezenove de Fevereiro, 147 - Botafogo
 

JOAQUINA - Botafogo
R. Voluntários da Pátria, 448 - Humaitá,

LA MOLE BOTAFOGO
Praia de Botafogo, 228 - loja 102



PRADO.CO - Gávea
Praça Santos Dumont, 31 - Gávea
MAYA CAFÉ - Laranjeiras
R. Prof. Ortiz Monteiro, 15 B - Laranjeiras

RESTAURANTES EM OUTROS LOCAIS

 LUKAS - Petrópolis
Rua Bingen, 1379 


RARIDADE BURGER & GRILL - São Pedro D’Aldeia
R. Dr. Antônio Alves, 500 - Vila Sao Pedro 




Deixamos bem claro que não recebemos nada pelas indicações, assim como não nos responsabilizamos pela qualidade, serviços oferecidos ou qualquer outra coisa relacionado aos locais sugeridos.  Essa é apenas uma maneira de compartilhar informação entre mães!

Não esqueça, para o sucesso dessa lista precisamos que você divulgue, comente e compartilhe. Contamos com você!!!

Bjs
Brena Costa
Aloka dos restaurantes com área infantil

15/03/2017

7 dicas para seu filho comer bem


Vivemos novos tempos na alimentação infantil. Esse estilo de vida moderno nos levou à necessidade de refeições práticas e rápidas que, associadas às facilidades tecnológicas, provocaram alterações nos hábitos de vida e no comportamento alimentar de todos.

Essa alteração nos costumes alimentares provocou mudanças no estado nutricional das crianças, melhorando os índices de desnutrição, mas deixou-as mais suscetíveis à obesidade, diabetes e hipertensão arterial, entre outras doenças da modernidade.

Algumas medidas preventivas podem ser adotadas desde a infância, com o propósito de evitar o desenvolvimento destas doenças. Entre elas, destacamos:
  • estímulo ao aleitamento materno como fonte de alimento exclusivo nos primeiros seis meses de vida;
  • combate ao sedentarismo e estímulo à prática de atividades físicas, preferencialmente ao ar livre;
  • controle do ganho excessivo de peso, para evitar o sobrepeso e a obesidade;
  •  e alimentação baseada nas “leis da boa nutrição”: qualidade, quantidade, harmonia e adequação.

 DICAS IMPORTANTES PARA UMA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL


• Horário para refeições: criar o hábito do café da manhã, almoço e jantar em família certamente irá melhorar o relacionamento familiar, além de propiciar um modelo de comportamento para os filhos. Ninguém vai obrigar o filho a tomar suco de laranja e ao mesmo tempo servir-se de um refrigerante.

• Contexto familiar, atitudes e estratégia dos pais: as crianças aprendem a respeito do alimento não somente por suas experiências, mas também observando os outros. A família fornece amplo campo de aprendizagem, no qual a alimentação se torna um dos principais focos de interação entre pais e filhos. Os pais e familiares devem cuidar para não criar um ambiente propício à alimentação excessiva ou um estilo de vida sedentário. Pais que comem demais, muito rápido ou ignoram os sinais de saciedade oferecem um pobre exemplo aos seus filhos.

• Coação e Punição. Estudos sugerem que os alimentos com baixa palatabilidade (como os vegetais) são oferecidos normalmente envolvendo coação e punição para a criança comer. Já os alimentos ricos em açúcar, gordura e sal são oferecidos em um contexto positivo (como recompensa ou em festas), aumentando a preferência por estes. Na medida em que as crianças são pressionadas a comer um determinado alimento que os pais acreditam ser bom para elas, diminui a sua preferência por aquele alimento rico em açúcar e gorduras.

• Sensação da fome e saciedade. Come, come, come... até quanto? Quem determina quanto? Meio prato ou um prato? A criança precisa desenvolver os sentidos de fome e saciedade. Por exemplo, quando a criança fala que não quer mais comer porque está satisfeita, e os pais dizem “termine o que está no prato”, fica claro para a criança que a sua sensação de saciedade não é relevante para a quantidade de comida que ela precisa consumir.

• Exposições repetidas aos alimentos de forma divertida e educativa. Não desanime com uma primeira reação negativa ao alimento. Ofereça o mesmo alimento em outra apresentação. Por exemplo: espinafre refogado ou omelete de espinafre ou torta de espinafre ou quiche de espinafre com ricota. Use sua criatividade.

• Mídia, propaganda e amizades. A tendência das preferências alimentares das crianças conduz ao consumo de alimentos com quantidade elevada de carboidrato, açúcar, gordura e sal, seguido de baixo consumo de vegetais e frutas. Essa tendência é originada na socialização alimentar da criança e, em grande parte, depende dos padrões da cultura alimentar do grupo social ao qual ela pertence.

• Autoridade, regras e limites. Nunca substitua uma refeição por mamadeiras ou alimentos fora do contexto, como bolos, biscoitos e chocolates. Esses alimentos, além de não fornecerem todos os nutrientes desejados, irão saciar a fome da criança e prejudicar seu apetite para a próxima refeição. Criança com fome come!

Outras sugestões


• Muita cor e diversão. Ofereça à criança cardápios coloridos e servidos de forma divertida. Você pode criar desenhos ao servir a comida no prato.

• Tolere um pouco de "bagunça" à mesa. Deixe a criança pegar os alimentos com a mão e brincar com eles. Com esse comportamento, ela desenvolve uma atitude de cumplicidade com o alimento. Na fase pré-escolar ela está aprendendo a usar os cinco sentidos e os alimentos são uma boa e saudável fonte de descobertas.

• Brinque, você também, com a comida. Se seu filho já cresceu um pouquinho, leve-o para a cozinha e mostre como cozinhar pode ser divertido. Faça pratos coloridos e monte formas variadas como bolinhos, tortas, enrolados, panquecas e por aí vai. Solte a sua imaginação!

• Receitas para variar o cardápio. Misture alimentos que a criança gosta com outros que ela ainda não conhece. Alguns pratos normalmente fazem a alegria das crianças e ajudam a diversificar as refeições: omeletes servidas com seleta de legumes e arroz; as tradicionais e saborosas tortas de liquidificador, recheadas com carne ou frango e quatro tipos de legumes; panquecas recheadas com carne moída, mandioca cozida e picada, vagem em tiras e tomates em cubos (depois de enroladas, polvilhe queijo ralado e gratine no forno).

• Fazer boas escolhas alimentares é um processo complexo e tem consequências a curto e longo prazo para a saúde. Não é fácil, mas uma educação alimentar bem feita na infância fará de seus filhos adultos mais saudáveis, vivendo com mais qualidade.

Texto: http://www.conversandocomopediatra.com.br

08/03/2017

Vai uma mamadeira de leite condensado aí?




Você já pensou em oferecer leite condensado ao invés de leite materno ou de vaca para seu bebê?
Tal pensamento parece ser sem cabimento não é mesmo? Oferecer uma bomba de açúcar para um recém nascido. Mas é o que médicos do início do século recomendavam de acordo com as propagandas do nosso querido Leite Moça da época.

“O bom Leite Moça, que é puro, rico em creme, que não se pode falsificar e substitue com vantagem o leite fresco. Segundo a opinião de summidades médicas, é o único que pode fazer as vezes do leite materno na época difícil de serem desmamadas as crianças.” publicada na revista Vida Doméstica de 28 de julho de 1928

Naquela época o leite condensado era comercializado como o substituto vitaminado, mais durável e supostamente mais higiênico – porque condicionado em latas fechadas – do leite fresco, que ainda saía das vacas e cabras das pequenas propriedades direto para as garrafas entregues em casa (onde não havia geladeira para que durasse mais do que algumas horas). Com um discurso higienista – que culminaria no I Congresso Brasileiro de Higiene, em 1923, organizado no Rio de Janeiro pelo famoso médico sanitarista Carlos Chagas, com quatro dos vinte temas de debate relacionados à alimentação* – faria com que os enlatados passassem a ser mais bem aceitos. Não por acaso, é nessa mesma década que o anúncio do recém-lançado Leite Moça, na Vida Moderna, o coloca como um dos ingredientes indispensáveis à nutrição do bebê. Diluído em água, ele virava o leite da mamadeira das crianças.

A lógica era mais ou menos a seguinte: porque eram industrializados, acreditava-se que os ingredientes continham menos impurezas do que aqueles produzidos à antiga moda artesanal, em condições desconhecidas ou muitas vezes distantes das regras de higiene que começavam a ser impostas. A expansão das propagandas e da imprensa no início do século 20 contribuía para que, cada vez mais, as latas de produtos como o leite condensado chegassem ao conhecimento das mulheres, então responsáveis pela alimentação em casa.

Ao lado dos industrializados, também o açúcar passava a ser vendido nos anúncios publicitários como um alimento indispensável à saúde, sobretudo das crianças, que, com uma dieta rica dele, teriam mais energia e ficariam mais robustas e coradas. Esse seria, aliás, o mote das propagandas do adocicado ingrediente até praticamente o fim do século 20. Nos livrinhos culinários lançados pela marca União a partir dos anos 1960, esse discurso, inclusive avalizado por médicos, permeava as páginas de receitas.

 

O que eu quero dizer com isso?
As coisas mudaram, os tempos mudaram! Sua bisavó pode ter oferecido leite condensado pra sua avó e ela não morreu por isso. Sua avó possivelmente colocou amido de milho no leite da sua mãe, que também não morreu por isso. A sua mãe colocou Mucilon no seu leite e você também não morreu por isso. Isso não quer dizer que você precisa repetir tudo isso, porque as coisas estão mudando. Novos estudos são realizados. Coisas novas vão aparecendo. Tanto a Organização Mundial da Saúde (OMS) quanto o Ministério da Saúde recomendam não utilizar açúcar no primeiro ano de vida. E em 2016, a Academia Americana de Pediatria alterou a recomendação para que se introduza o açúcar somente após os 2 anos de idade.

Vivemos novos tempos na alimentação infantil. Esse estilo de vida moderno nos levou à necessidade de refeições práticas e rápidas que, associadas às facilidades tecnológicas, provocaram alterações nos hábitos de vida e no comportamento alimentar de todos. Essa alteração nos costumes alimentares provocou mudanças no estado nutricional das crianças, melhorando os índices de desnutrição, mas deixou-as mais suscetíveis à obesidade, diabetes e hipertensão arterial, entre outras doenças da modernidade.

Então se você quer oferecer biscoito recheado, refrigerante, suco de soja, danoninho, neston, achocolatado ou seja lá o que for pro seu bebê... vai lá, vai fundo. Seu filho, suas escolhas. Mas vamos também respeitar aquela mãe que quer oferecer um tipo de alimentação diferenciada. Cada mãe tem uma história e não cabe a ninguém julgar. E sem o comentário... Ah mas eu dei e meu filho não morreu. Que bom né, afinal, a intenção não era mesmo matar. Mais amor, mais respeito e mais empatia por favor!  

Fontes:
https://lembraria.com/2017/02/03/as-fantasticas-mamadeiras-de-leite-condensado-ou-uma-historia-do-brigadeiro/
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-89101990000300011
http://www.redeblh.fiocruz.br/media/guiaaliment.pdf

 
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