Minha mãe gosta de contar uma história sobre como eu fazia meus próprios sanduíches quando eu tinha três anos de idade. Três! Eu costumava pensar que era uma história triste, um comentário sobre suas habilidades não parentais, mas agora que eu sou mãe, eu posso ver: ela do seu jeito, me criou como uma pessoa super independente.
Eu não quero repetir muito do seu estilo parental, mas estou tentando promover a resiliência e a independência na minha filha mas de forma que ela se sinta confiante, porém segura e amada.
Aqui está o que eu aprendi:
Comece do início
É verdade que um bebê é dependente de você para tudo - comida, sono, conforto, amor, sobrevivência -, mas pare um minuto para ouvi-los de verdade e saber do que eles precisam. Tracy Hogg diz que os pais devem "Aprender a esperar um pouco e a ler seus pequenos." Uma vez que eles sabem qual é o problema, então eles podem acalmá-los. Todas as mães e pais, podem ajudar seus bebês a "tornarem-se pequenos seres independentes".
Respeite seu filho
Seu bebê come, dorme, chora e faz cocô, mas ele também é um ser humano sensível e você deve tratá-lo dessa maneira, dizendo-lhe o que está acontecendo em vez de falar sobre ele em terceira pessoa. "As pessoas tendem a falar sobre os bebês agindo como se não estivessem lá", escreve Hogg.
Pouco depois de nossa filha nascer, meu marido tentava fazer contato visual prolongado com ela e dizia: "Oi, esse é o seu pai falando". Ele fez tanto e tão a sério que comecei a brincar que era como se ele fosse Darth Vader. "Luke, esse é o seu pai falando".
Hogg sugere dirigir-se ao bebê pelo nome, dizendo-lhe o que você está prestes a fazer, mesmo pedindo permissão antes de tocá-lo. Exemplo: Olá Sara, são 10 horas, hora de você tomar banho, agora eu vou tirar as suas roupas e te colocar na banheira com água bem quentinha.
Repita esse processo para tudo mesmo quando seus filhos for maiores em mudanças de rotina pro exemplo, é importante comunicar aos seus filhos, não porquê você DEVE uma satisfação, mas porque você os respeita . Exemplo: Olá Sara, hoje mamãe não vai poder te buscar na escola e quem fará isso será a vovó, ela vai te buscar e vocês vão se divertir muito até a mamãe chegar.
Dê um passo para trás
O pai do meu melhor amigo costumava dizer-lhe um milhão de vezes por dia que o amava. "Você não pode prejudicar as crianças dizendo que você as ama, mas você pode estragá-las fazendo coisas por elas que podem fazer sozinhas", dizia sabiamente. Você precisar deixar que seus filhos façam as coisas do seu próprio jeito, não importa quanto tempo demore. Desde coisas pequenas, como amarrar seus sapatos e comer sozinhos, às coisas maiores, como aprender a dirigir. Se perceber que estão com dificuldade a ponto de sentirem-se inseguros pergunte se querem ajuda e só ajudem se eles permitirem. É muito chato quando não confiam na sua capacidade de fazer as coisas ou se metem em situações que não pedimos não é? Não seja inconveniente também com seu filho.
Não interrompa seu fluxo
De acordo com a psicóloga Mihaly Csikszentmihalyi, o fluxo é o "estado estático de concentração profunda que ocorre quando estamos realmente e profundamente envolvidos por uma tarefa". Em outras palavras, é quando você está no seu momento: lendo um livro, resolvendo uma equação, ou mesmo se concentrando em colocar a comida na boca, se você tiver nove meses de idade. Você verá crianças em todos os lugares nesse momento e os adultos interrompendo-os com perguntas sem sentido: "Você está construindo um Lego?" "Você está se divertindo?" Entendemos que os pais podem ser motivados pelo desejo de interagir com seus filhos, ou mesmo construir seu vocabulário . Eles também podem ficar ansiosos com o silêncio. Mas isso interrompe a concentração e o foco de uma criança.
Rachelle Doorley, o fundador da TinkerLab, acrescenta que o fluxo não pode acontecer se a tarefa for muito fácil. "Se a criança (ou adulto) não é desafiada a testar suas novas habilidades, eles ficam entediados", ela escreve. Você provavelmente já passou por essa situação quando encaixar blocos era a atividade favorita de seu filho e de repente ele deixa de se interessar por ela. Dê às crianças acesso a uma variedade de materiais, não importa o quanto pareça difícil ou desafiador. Veja o que acontece. Há um bônus adicional para isso: como educadora da primeira infância, Magda Gerber, uma vez escreveu: "Se uma criança tem ampla oportunidade de jogar de forma independente, sem interrupção, ela provavelmente estará muito mais disposto a cooperar com as demandas de seus pais"
Lembre-se que é o processo, não o resultado
Claro que você quer que seu filho coma todo o café da manhã, e seja capaz de fazer certas coisas sozinho. Mas muitas vezes ficamos tão concentrados no resultado final que nem sempre apreciamos o momento. Dê algum tempo para ele.
Seu filho pode levar uma hora pra chegar em casa sendo que a escolinha fica a apenas um quarteirão.a melhor opção certamente seria coloca-lo no colo e chegar em casa o quanto antes. E aí você perde a oportunidade de conversar, de vê-lo brincando com as flores, de parar na pracinha do caminho, de vê-lo imitando o cachorro na rua, e contar os carros que passam, tudo isso nessa simples caminhada. Quanta coisa ele teria aprendido e o quando a gente perde...
Mas, importante: se você vai permitir que seu filho faça as coisas sozinho será necessário colocar um tempo extra no seu cronograma para que ele possa se vestir para ir a escola, tomar o seu café, calçar seus sapatos, guardar seus brinquedos... sem ajuda. Não é tão simples, demanda tempo e paciência, mas é necessário.
Sempre esteja por perto
Sabemos que nosso coração vai na boca diversas vezes. Eles sobem escadas, escalam móveis, se penduram em grades e nós gritamos o tempo inteiro: não faça isso, tenha cuidado, não corre, não sobe, não pula. Cuidado! Cuidado! Cuidado! Claro que não queremos que eles se machuquem, mas a fase que o ser humano mais evolui é a infância porque ele não tem medo de arriscar. O medo é um dos principais limitadores do ser humano e esse constante cuidado pode atrapalhar o desenvolvimento deles. Deixe que eles arrisquem e se aventurem, se machucar faz parte do aprendizado e eles levarão a lição das consequências de suas atitudes por uma vida inteira. Cair é necessário para evoluir.
Bebês, crianças pequenas e crianças têm períodos diferentes de apego, diferentes personalidades e diferentes habilidades. Haverá oportunidades para deixá-los desenvolverem e outros momentos para intervir sempre com uma mão amiga, palavras de conforto ou um abraço. O desafio da parentalidade é saber o momento certo para cada uma.
Texto de Amy Klein traduzido e adaptado para WWW.UMAMENINA.COM
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